MS lidera inclusão de famílias rurais pobres em programa de fomento

Cada família recebe benefício no valor de R$
4,6 mil divididos em duas parcelas.
Mato Grosso do Sul se consolidou como o estado que mais
incluiu famílias em situação de pobreza rural no Programa Fomento Rural em
2025. De acordo com o MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social,
Família e Combate à Fome), 1.340 famílias do estado passaram a receber
acompanhamento técnico e recursos financeiros para desenvolver projetos
produtivos que promovam segurança alimentar e geração de renda. Em âmbito
nacional, 8.945 novas famílias foram contempladas.
O primeiro pagamento do benefício deste ano foi iniciado
nesta semana, contemplando famílias com NIS (Número de Identificação Social)
final 1. Os repasses serão realizados até 31 de janeiro, seguindo a ordem dos
NIS, e envolvem um investimento de R$ 22 milhões do Governo Federal apenas
neste mês.
Além de MS, destacam-se Ceará e Bahia, que incluíram 980 e
742 famílias, respectivamente, no programa. As famílias beneficiadas recebem
acompanhamento técnico por meio de empresas parceiras, que as ajudam a
desenvolver projetos produtivos sustentáveis em áreas agrícolas e não
agrícolas. Cada família tem direito a um repasse não reembolsável de R$ 4,6
mil, dividido em duas parcelas: a primeira, de R$ 2,6 mil, quando o projeto tem
início, e a segunda, de R$ 2 mil, após pelo menos três meses de acompanhamento.
O Fomento Rural, criado pela Lei 12.512/2011 e
regulamentado pelo Decreto 9.221/2017, foi desenhado para atender
exclusivamente famílias residentes em áreas rurais, priorizando aquelas em
situação de pobreza extrema. Entre os beneficiários estão agricultores
familiares, indígenas, quilombolas e outros povos e comunidades tradicionais
cadastrados no CadÚnico.
A proposta é assegurar o direito à alimentação adequada e
saudável, previsto no Artigo 6º da Constituição Federal, com foco na inclusão
social e na geração de trabalho e renda. Em 2024, o programa já havia incluído
22.680 novas famílias e retomado as ações com maior intensidade, garantindo a
continuidade e a ampliação do alcance para o ano seguinte.
Os agentes técnicos desempenham um papel fundamental na
execução do programa. São eles que identificam as famílias beneficiárias,
levantam informações sobre sua realidade socioeconômica e constroem, em
conjunto, os projetos produtivos. Estes podem envolver desde a criação de
pequenos animais e hortas até atividades como pesca e artesanato, sempre com o
objetivo de ampliar e diversificar a produção de alimentos e gerar renda.
Fonte: Campo Grande News